A medida do governo que permite o saque de recursos inativos no FGTS deve ter um efeito pequeno no mercado de veículos em 2017, espera o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras de Montadoras (Anef), Gilson Carvalho. O impacto será limitado, ele argumentou, porque "muita gente" está endividada e deve preferir utilizar os recursos do FGTS para pagar dívidas, em vez de consumir.
Segundo Carvalho, o brasileiro é "bom pagador", então, em geral, quando tem oportunidade, prefere limpar o seu nome, em vez de fazer novas dívidas. "E aqueles que não estão nesta situação, vão guardar o dinheiro, em vez de gastar, porque a confiança para consumir ainda é baixa", acrescentou.
A confiança, segundo ele, está condicionada principalmente ao mercado de trabalho. Quando a taxa de desemprego começar a cair, o consumo retoma.