A melhora do comércio bilateral, a busca de um objetivo comum nas relações entre os dois países e o fortalecimento do Mercosul vão pautar a visita de Estado do presidente argentino, Maurício Macri, ao Brasil, na próxima terça-feira. Será o primeiro evento diplomático de peso do governo de Michel Temer. A última visita de Estado de um líder estrangeiro ao país ocorreu em abril de 2015, ainda na gestão Dilma Rousseff, quando a então presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, esteve em Brasília e São Paulo. Ironicamente, como ocorreu com Dilma, a líder coreana foi afastada em dezembro e responde a um processo de impeachment.
Macri permanecerá apenas oito horas em Brasília e não se espera que grandes acordos sejam anunciados. É possível que seja definida a encomenda de um avião da Embraer para uso da Presidência argentina, mas, até sexta-feira, ainda não havia confirmação oficial. A visita, no entanto, tem simbolismo importante. Macri chegará às 9h30 e deixará o país às 17h15 e, conforme pede o protocolo desse tipo de evento, terá encontros com os presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF).
;Há uma coincidência de percepções da forma como se organiza a economia e há desafios internos e externos que serão bem enfrentados se houver atuação coordenada dos dois países. É preciso, ainda, fortalecer as vertentes comercial e econômica do Mercosul;, destaca o embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, subsecretário-geral da América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores. ;Na medida do possível, o que se espera é avançar na eliminação das barreiras entre os dois países e há um programa de trabalho no bloco com esse objetivo;, complementa. O diplomata cita a negociação de facilitação de investimentos e compras governamentais e destaca a intenção dos dois governos de completar o livre comércio dentro do Mercosul.
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