O dólar fechou perto da estabilidade frente ao real nesta sexta-feira (3/1), acompanhando o exterior. Os sinais de que a economia norte-americana pode não estar forte o suficiente para novo aumento de juros tão cedo mantiveram o dólar em queda durante grande parte da tarde. Ao longo do período vespertino, entretanto, as cotações consideradas baixas atraíram compradores e a moeda dos Estados Unidos reduziu gradualmente as perdas frente ao real. Faltando poucos minutos para o fechamento, houve a inversão da direção e pequenas altas foram registradas.
[SAIBAMAIS]No mercado à vista, o dólar terminou com ganho de 0,14%, aos R$ 3,1246, bem afastado da mínima no dia, de R$ 3,1055 (-0,47%). Na máxima, a divisa marcou R$ 3,1391 (%2b0,60%). De acordo com dados registrados na clearing da BMF, o volume de negócios somou US$ 1,223 bilhão.
O dólar futuro para março voltou ao terreno negativo e recuou 0,24% no fechamento, aos R$ 3,1365, após oscilar de R$ 3,1235 (-0,65%) a R$ 3,1575 ( 0,43%). O volume de negócios somou US$ 11,560 bilhões.
Entre os indicadores dos EUA, o relatório de empregos norte-americano mostrou a criação de 227 mil postos de trabalho no país em janeiro. O dado ficou bem acima do esperado por analistas, que estimavam geração de 174 mil vagas. No entanto, os resultados dos dois meses anteriores foram revisados para baixo. Em novembro, por exemplo, o indicador foi ajustado para 164 mil empregos, quase 90 mil vagas aquém dos 252 mil da primeira estimativa.
Outros detalhes também chamaram a atenção dos investidores. O salário médio por hora teve aumento apenas marginal, o que fez o ganho acumulado em doze meses a cair de 2,9% em dezembro para 2,5% em janeiro. Já a taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu levemente a 4,8% em janeiro, após tocar 4,7% em dezembro de 2016.
Outro indicador, o PMI de serviços elaborado pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM) também alimentou essa leitura, ao cair para 56,5 em janeiro na leitura final, abaixo da previsão de analistas de 57,0.