Às vésperas da visita oficial do presidente da Argentina, Mauricio Macri, ao Brasil no próximo dia 7, os dois governos buscam ampliar as iniciativas para eliminar os obstáculos para a ampliação do comércio bilateral. Anunciaram, nesta terça-feira (31/1), uma cooperação técnica e financeira com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para executar um plano de ação de facilitação do comércio. O investimento previsto no desenvolvimento dessa agenda é de US$ 250 mil.
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Na avaliação do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Marcos Pereira, as conversas entre Brasil e Argentina têm avançado mais facilmente desde o afastamento oficial dos venezuelanos do bloco, no início de dezembro passado. "Com a suspensão da Venezuela ficamos, de certa forma, mais desanuviados;, afirmou. Ele reforçou que a saída dos Estados Unidos da Parceria Transpacífico (ou TPP, na sigla Trans-Pacific Partership), poderá ser uma oportunidade para o Mercosul finalmente destravar o acordo com a União Europeia, que tem uma nova reunião marcada para março. Segundo ele, as conversas que teve com a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstr;m, foram ;animadoras;. ;Percebi uma disposição da União Europeia em avançar essa negociação com o Mercosul como não se via antes. Apesar das eleições na França e na Alemanha, percebemos uma disposição em avançar na questão política;, afirmou Pereira. Segundo ele, haverá um ;esforço conjunto; do Brasil com a Argentina para avançar ;o máximo possível; para o fechamento do acordo de livre comércio, que vem sendo negociado há duas décadas.
O secretário de Comércio Exterior do Mdic, Abrão Neto, destacou que está havendo um empenho ;expressivo; com 100 representantes dos dois governos trabalhando na pauta bilateral, regional e multilateral com o propósito de facilitação do comércio além da União Europeia. ;Tivemos uma coordenação da agenda externa com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), Índia e Coreia do Sul. Também temos a intenção de começar novas frentes com outros países, como Japão e Canadá, e outras nações da Ásia, África e Oriente Médio;, afirmou.