A crise econômica não poupou nem o setor de planos de saúde. Em 2016, cerca de 1,37 milhão de pessoas ficaram sem convênio, aponta levantamento divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em dezembro do ano passado, a autarquia contabilizou 47,89 milhões de beneficiários. No mesmo período de 2015, eram 49,26 milhões.
[SAIBAMAIS] O recuo é ainda maior do que o observado entre 2015 e 2014, quando 1,04 milhão de beneficiários perderam o plano de saúde. Ou seja, em dois anos de crise, 2,41 milhões de consumidores foram expulsos do setor de saúde suplementar. Com a retração da economia, o aumento do desemprego e a queda real dos rendimentos ; ou seja, já descontada a inflação ;, as famílias ficaram com menor poder de compra para honrar até mesmo compromissos essenciais, como os convênios de saúde.
A principal sinalização de que a crise no mercado de trabalho trouxe impacto para esse movimento de retração do setor está na queda de beneficiários de planos coletivos empresariais. Em um ano, 920 mil perderam o convênio, o que representa 67,15% dos que ficaram sem plano em 2016. No mesmo período, 270 mil pessoas perderam o plano individual e outras 150 mil ficaram sem o convênio coletivo por adesão.