Para o especialista em redes de computadores Artur Ziviani, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e pesquisador do Laboratório Nacional de Computação Científica, ainda é preciso aprimorar as tecnologias para que essas funções se tornem reais. ;Precisamos de materiais novos para as telas flexíveis, e por mais que já tenhamos desenvolvido protótipos que testam hologramas em 3D, isso ainda precisa ser consolidado para estar presente no dia a dia;, explica.
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[SAIBAMAIS]Para o futuro mais próximo, o que se prevê é a ampliação e o aprimoramento de recursos que já funcionam. É o caso, por exemplo, de funcionalidades que usam realidade aumentada, conceito que ganhou o mundo com o surgimento de aplicativos capazes de mesclar conteúdo virtual com imagens do mundo real, como se viu, recentemente, na febre mundial do ;Pokémon Go;.
;Em dois ou três anos, teremos o controle de voz, que já usamos, com processamento de linguagem natural e aprimoramento em biometria por leitura de íris;, opina Ziviani. O desejo de consumo tecnológico acompanha o surgimento de novos portáteis. Como as pessoas querem estar conectadas todo o tempo, aumenta a pressão pelo desenvolvimento de baterias que permaneçam mais tempo carregadas, diz o especialista.
Rotina
Hoje, oito em cada 10 brasileiros possuem um celular, de acordo com pesquisa realizada pela Delloite. Previsões da Counterpoint Research apontam que smartphones representarão mais de 90% de todos os aparelhos móveis vendidos no Brasil nos próximos anos e que, a partir da próxima década, todos os aparelhos serão dessa categoria. O dispositivo é um dos objetos mais desejados pelos consumidores e, além de mudar a forma como as pessoas se comunicam, gerou novos hábitos.
Visto quase como uma extensão do corpo, o aparelho já faz parte da rotina: é usado nas refeições, no trabalho, durante a pausa do semáforo fechado e até ao atravessar a rua. ;O smartphone é um hub não somente para uso pessoal mas também para aplicações corporativas, o que converge para o fenômeno da transformação digital das empresas;, diz Márcia Ogawa, sócia líder da consultoria Deloitte. As pessoas se conectam até de madrugada para checar as mensagens recebidas.
Antes mesmo de levantar da cama, a instrutora pessoal Lílian Neuberger Guimarães, 44 anos, já tem o celular nas mãos. Assim que acorda, ela lê mensagens em três contas de e-mails ; duas profissionais e uma para assuntos pessoais ; e vê as novidades nas páginas do Facebook e no Instagram. Esse é o mesmo comportamento de 32% dos brasileiros, que afirmam que a primeira coisa que fazem ao acordar é checar o aparelho. Durante o café da manhã, Lílian responde os e-mails. Cerca de 35% das pessoas usam o smartphone enquanto comem em casa.
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* Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo