Jornal Correio Braziliense

Economia

Instrutora: autoconhecimento é essencial para traçar rumos profissionais

Lucila Simão é coach de carreira e diretora-executiva do Instituto Fenasbac, da Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central do Brasil



Segundo ela, a grande sacada do profissional que se conhece é a capacidade de virar uma espécie de drone, sendo capaz de observar as situações com certo distanciamento e não apenas vivê-las. ;Isso é importante para se perceber em tudo que faz, entender como negocia, como administra conflitos, como lida com a ansiedade e, a partir daí, tentar mudar para melhor;, diz. Assim, é possível ouvir mais os outros, pensar antes de agir e ter mais domínio próprio. De acordo com Karine Ribeiro, psicóloga e pós-graduada em gestão de pessoas, ;o primeiro passo para se aprimorar em qualquer coisa é se conhecer;. O autoconhecimento também é fundamental para entender os próprios talentos e vocações, escolher ou, se necessário, mudar de carreira e emprego, além de evitar arrependimentos. ;Pessoas em fases diferentes da trajetória profissional enfrentam os mesmos dilemas quanto a missão, vocações e habilidades. O problema é que muitos só se dão conta de que precisam conhecer a si mesmos muito tarde;, observa Lucila Simão.

No entanto, não adianta lamentar o tempo perdido: o melhor é seguir em frente e aprender com isso. ;É fundamental parar de sentir culpa pelas escolhas passadas, pois, de alguma maneira, elas formam o que somos. Isso é necessário para traçar os novos caminhos que venham a partir de então;, acredita Daniela Lemes, responsável pelo programa de Autoconhecimento da Fundação Estudar, organização sem fins lucrativos de incentivo à educação. Saber quem você é pode parecer algo fluido e inalcançável, mas pode ser mais simples do que parece. Para Daniela Lemes, trata-se de um processo que trata do momento imediato, pois o ser humano está em constante transformação. Segundo ela, o exercício de se perceber precisa entrar na rotina como hábito para que a pessoa não tome decisões por fatores externos (como moda ou influência dos colegas), o que, com o passar do tempo, entra em conflito com a essência do indivíduo. ;Quando não se conhece, a tendência é que o profissional defina objetivos e trilhe uma carreira que não tem sentido para ele. Quando, na verdade, deve-se fazer escolhas a partir de coisas de que não se abre mão e que são importantes para você;, indica.

* Estagiário sob supervisão de Ana Paula Lisboa

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