O dólar à vista recuou abaixo da resistência de R$ 3,20 no período vespertino, embora o movimento não tenha se sustentado até o fim do dia. O enfraquecimento da divisa no exterior ditou a queda por aqui, sendo reforçada pela entrada de recursos no País e perspectiva de que o fluxo deve se intensificar neste começo de ano.
No mercado à vista, o dólar encerrou com baixa de 0,49%, aos R$ 3,2010. De acordo com dados registrados na clearing da BM, o volume de negócios somou US$ 1,809 bilhão. Já o dólar futuro para fevereiro fechou em baixa de 0,54%, aos R$ 3,2240, com giro de US$ 14,208 bilhões.
De acordo com profissionais de câmbio, o mercado trabalha neste começo de ano com uma curta janela de oportunidades para conseguir melhores rendimentos em ativos domésticos, antes de mudanças mais profundas na Selic e da chegada de Donald Trump à Casa Branca. Nas mínimas, a cotação do dólar no mercado à vista registrou R$ 3,1943 (-0,70%) e no contrato futuro para fevereiro marcou R$ 3,2170 (-0,76%).
Lá fora, o dia foi de incerteza sobre a economia dos EUA. O principal catalisador foi a decepção com a criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos. Foram geradas 153 mil vagas em dezembro, abaixo da expectativa de analistas de 168 mil postos de trabalho.
O recuo do dólar foi reforçado no início da tarde por indicadores de atividade do setor de serviços. Apesar de superarem expectativas, os índices de gerentes de compras (PMI) de serviços mostraram sinais negativos em dezembro. Com isso, aumentou a incerteza sobre a maior economia do mundo e, consequentemente, a trajetória dos juros por lá.
Por outro lado, a manhã no mercado foi de volatilidade. Antes da divulgação dos números norte-americanos do mercado de trabalho, o dólar renovou máximas ante o real, influenciado por zeragem de posições vendidas e abertura de posições compradas. Nos maiores níveis do dia, o dólar à vista marcou R$ 3,2289 (%2b0,38%), enquanto o futuro para fevereiro registrou R$ 3,2530 ( 0,35%).
Por Agência Estado