O primeiro Relatório de Mercado Focus de 2017 indicou estabilidade nas projeções para a atividade econômica para 2016 e para 2017. Pelo documento divulgado nesta segunda-feira (2/1), a mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 segue apontando retração de 3,49%. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,43%. O dado sobre o PIB do ano passado será conhecido nas contas nacionais que serão divulgadas em março.
Para 2017, a percepção dos investidores também não foi alterada. O mercado manteve expectativa de crescimento de 0,50%, abaixo do 0,80% projetado quatro semanas antes. Nas projeções oficiais, o Ministério da Fazenda trabalha com estimativa de crescimento de 1% no próximo ano e o BC indica expansão menos intensa, de 0,8%.
As projeções para a produção industrial para 2016 ainda indicam contração da atividade, mas melhoraram pela segunda semana seguida. A queda da produção prevista para este ano passou de 6,68% para retração de 6,58%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial seguiu em 0,88%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial indicavam recuo de 6,50% em 2016 e alta de 1,05% para 2017.
[SAIBAMAIS]Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano permaneceu em 45,20% - estimativa repetida pela quarta semana seguida. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram mantidas em 50,74%, ante projeção apontada um mês atrás de 50,70%.
Superávit comercial
Os economistas do mercado financeiro aumentaram um pouco suas projeções para o resultado da balança comercial em 2017. A estimativa de superávit comercial passou de US$ 46,85 bilhões para US$ 46,98 bilhões, ante os US$ 44,57 bilhões de um mês antes.
Para 2016 - cujo dado será conhecido na tarde desta segunda-feira, as projeções de superávit comercial do mercado financeiro seguiram em US$ 47,10 bilhões - um mês antes estavam em US$ 47 bilhões.
No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2016 indicam manutenção da expectativa de déficit de US$ 20,35 bilhões. Há um mês, o rombo projetado estava em US$ 19,30 bilhões. Para 2017, a estimativa de saldo negativo nas contas externas foi mantida em US$ 25,35 bilhões. Um mês atrás, o déficit projetado era de US$ 25,68 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado nas transações correntes neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2016 subiu, no Focus, de US$ 68 bilhões para US$ 69 bilhões na quarta semana seguida de alta da previsão. Quatro semanas antes, estava em US$ 65 bilhões.
Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto seguiu em US$ 70 bilhões, valor repetido há sete semanas.
Por Agência Estado