Numa crítica à gestão da ex-presidente Dilma Rousseff que criou a chamada Nova Matriz Macroeconômica, o ministro ponderou que o que governo não faz é uma prática de movimentos artificialistas e irrealistas que só pioram a situação, aumentando o déficit nas contas públicas. "Não há mágica na economia nem medidas iluminadas para a economia crescer mais rápido", afirmou.
[SAIBAMAIS]Segundo o ministro, os problemas têm de ser resolvidos para botar a "máquina funcionar em outra direção". Meirelles disse que é preciso que os consumidores percam o receio de ficarem desempregados e voltem a consumir. "Se tomarmos as medidas certas, os agentes econômicos antecipam os seus efeitos", afirmou.
Na entrevista de final de ano, o ministro ponderou que existem economistas importantes que estão com projeções de crescimento superiores a do governo, porque têm levado em consideração outros fatores, como os baixos estoques das empresas. Ele ressaltou que a confiança tem uma dinâmica própria e manifestou confiança que o País vai entrar num ciclo de crescimento em 2017
Juros
Na entrevista de final de ano, Meirelles comemorou a redução da inflação no mês de dezembro, mas ressalvou que uma aceleração do ritmo de corte das taxas de juros é algo a ser decidido pelo Banco Central.
Meirelles reiterou que foi presidente do BC por oito anos e sempre considerou que o Ministério da Fazenda não deveria fazer declaração pública sobre juros. "No momento que estou na Fazenda, me cumpre a adotar a mesma medida", disse. O ministro disse acreditar que o BC tem condições de adotar a mesma decisão
Por Agência Estado