Jornal Correio Braziliense

Economia

Vendas no comércio desabam e acumulam queda de 6,8% em 12 meses

Resultado em um ano é o pior em toda a série histórica. Nem mesmo negociações de produtos duráveis, como alimentos, estão sobrevivendo à crise

As vendas no varejo continuam em queda. Em outubro, as negociações de mercadorias recuaram 0,8% em relação a setembro, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados nesta terça-feira (13/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o tombo foi de 8,2%. Sem consumo por parte das famílias ; muito em função do alto número de desempregados e da queda da massa de rendimentos ;, o setor vive um dos piores momentos em toda a história. Tanto que, no acumulado em 12 meses, o volume caiu 6,8%, o pior resultado desde 2001.

O resultado também não é diferente quando observado o comércio ampliado, que inclui os segmentos automotivo e de material de construção. Na comparação com setembro, as vendas registraram queda de 0,3%. Em relação ao mesmo período do ano passado, recuo foi de 10%. Com isso, o volume apresenta queda de 9,8% em 12 meses.

Tamanha é a profundidade da crise que nem os segmentos que vendem bens duráveis escapou de registrar queda. É o caso de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, atividade que registrou queda de 0,6% em outubro na comparação com setembro, e um recuo de 6,5% frente ao mesmo período do ano passado.