Segundo Meirelles, um dos ;remédios; que ajudarão na recuperação da economia é a reforma da Previdência, cuja proposta deve ser apresentada nesta segunda-feira pelo presidente Michel Temer.
[SAIBAMAIS];A expectativa é que [a proposta] seja bem recebida no Congresso. Ela será debatida pela sociedade, como deve [ser] em qualquer país do mundo. Mas ela tem uma meta central. Melhor do que tentar antecipar ou manter uma idade de aposentadoria relativamente jovem, aos 55, 56 ou até 60 anos, é dizer que, mais relevante, crucial, todos tenham certeza de que vão receber a aposentadoria;, disse.
O ministro da Fazenda destacou que as atuais regras de aposentadoria foram feitas há muitas décadas, quando a expectativa de vida era inferior. Hoje à tarde, o presidente Temer e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reúnem-se com representantes das seis principais centrais sindicais do país, em Brasília.
Impostos não terão aumento
Meirelles disse, durante o congresso, que ouviu as sugestões apresentadas pelos representantes de empresários, mas que não pretende promover desonerações aos setores e garantiu também que não vai aumentar impostos.
;O governo deve cortar gastos correntes para não só não ter um crescimento da dívida publica, que não pressione os juros e crie incerteza, mas que também não foque suas ações em cortes de curto prazo, o que significa corte de investimento público. É importante que se preserve a capacidade de investir;, declarou.
O ministro lembrou que a crise econômica começou no fim de 2014 e ainda persiste. ;A longa duração é porque o combate eficaz só começou em maio de 2016. São dois anos completos de crise e isso afeta o endividamento das companhias, dificultando a retomada do crédito. O mesmo acontece com as famílias;, afirmou.
Como medidas a serem tomadas, o ministro defendeu a redução do tamanho do estado e maior participação do capital privado. E, ainda, os reflexos positivos com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do limite dos gastos públicos. Segundo Meirelles, se a PEC tivesse sido aprovada em 2006, a despesa primária do governo seria 10%, em vez dos atuais 19,5%. ;Seria outro país;, disse.
PPE continua
Durante o evento, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que o governo dará continuidade ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) visando garantir 200 mil empregos.
;O PPE passará a ser política pública de proteção ao emprego de estado;, disse. Outra medida do ministério relaciona-se a estudos buscando desburocratizar e facilitar o acesso aos recursos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aumentando, assim, os recursos para a habitação.
Por Agência Brasil