Ele destacou ainda o fato de o Nordeste ter sido prejudicado nos últimos anos pela estiagem, o que afetou a atividade agrícola na região. "Houve queda muito pronunciada (da produção agrícola) no Nordeste nos últimos anos. Mas as perspectivas para 2017 são melhores", pontuou.
[SAIBAMAIS]Maciel destacou ainda a queda pronunciada do volume de serviços nos últimos dois anos, assim como o recuo do comércio. Segundo ele, o movimento visto nas diferentes regiões do País está ligado a fatores como a falta de confiança na economia, os impactos negativos da crise no mercado de trabalho e a maior dificuldade na obtenção de crédito.
"Observamos queda este ano no saldo de crédito que abrange todas as regiões", pontuou Maciel. "É o primeiro ano que ocorre essa queda do saldo de crédito."
Maciel destacou que, em todas as regiões do País, houve retração das importações de produtos nos últimos anos. Isso ocorreu, segundo ele, em função do câmbio menos favorável (dólar em nível mais alto ante o real nos últimos anos) e da atividade fraca no País, que limita a compra de produtos de outros países.
Ao abordar o arrefecimento mais recente da inflação no País, Maciel disse que os alimentos voltaram a ter um comportamento "mais benigno" e destacou, ao mostrar um gráfico com índice de difusão, que a queda da inflação não está concentrada "em um ou dois produtos". Ao contrário, de acordo com Maciel, é resultado de preços mais contidos em vários produtos.
O chefe do Departamento Econômico do BC concedeu entrevista coletiva em Salvador, na Bahia, sobre o Boletim Regional do Banco Central do Brasil, divulgado mais cedo.
Por Agência Estado