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Economia

Dólar fecha em leve baixa após acordo da Opep

O recuo teve como principal catalisador o avanço aproximado de 10% nos preços de petróleo, trazido pela confirmação do acordo entre integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para redução na oferta.

O dólar fechou em queda frente ao real nesta quarta-feira, 30, alinhando-se ao movimento observado ante outras moedas de emergentes ligados a commodities. O recuo teve como principal catalisador o avanço aproximado de 10% nos preços de petróleo, trazido pela confirmação do acordo entre integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para redução na oferta.

Por aqui, a baixa na divisa norte-americana foi de 0,22%, aos R$ 3,3878 no mercado à vista. Ao longo do dia, a moeda oscilou de R$ 3,3770 (-0,53%) a R$ 3,4064 (%2b0,44%), enquanto o volume de negócios somou US$ 1,615 bilhão. No mês de novembro, a alta acumulada foi de 6,18%. Já no ano, há queda de 14,45%.

O dólar futuro para janeiro de 2017, que passou a ser o mais líquido a partir de hoje, encerrou em baixa de 0,41%%, aos R$ 3,4160, com amplitude de R$ 3,4075 (-0,66%) a R$ 3,4390 ( 0,26%) O giro total movimentado com esse contrato ficou em US$ 19,326 bilhões.

Hoje, a Opep reverteu o ceticismo do mercado e confirmou um pacto para limitar a produção da commodity. Após meses de negociação, foi oficializado um acordo para cortar a produção em 1,2 milhão de barris por dia (bdp), para 32,5 milhões de bpd, em um esforço para dar sustentação aos preços e reassegurar a influência do cartel em meio a um mercado cada vez mais dominado pelos Estados Unidos, a Rússia e outros países.

No final da tarde, a queda do dólar era de 1,47% frente à moeda da Rússia e de 0,57% diante do papel do México.

Por outro lado, a perspectiva de início de aperto monetário nos Estados Unidos, com um ciclo que pode ser mais acentuado que o esperado inicialmente, trouxe alguma pressão de alta para o dólar. O Dollar Index, por exemplo, subia 0,52% no final da tarde. Hoje, a criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos ficou acima do esperado e, com isso, cresce a expectativa para o que payroll sinalizará na sexta-feira.

Domesticamente, aumentou a confiança no ajuste fiscal e nas reformas propostas pelo governo, incluindo a previdenciária. O plenário do Senado aprovou ontem à noite o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos em primeiro turno, com quase o mesmo placar do impeachment de Dilma Rousseff. Foram 61 votos a favor e 14 contra, enquanto na ocasião do afastamento da ex-presidente, o resultado foi de 61 a 20.

O início do dia foi marcado pela instabilidade no câmbio doméstico, em decorrência, principalmente, da disputa pela formação da última Ptax do mês de novembro. A taxa, definida a partir de coletas com instituições financeiras ao longo da manhã, serve para liquidação do dólar futuro de dezembro e os ajustes de vencimentos subsequentes de contratos cambiais, inclusive swap cambial.

A taxa Ptax encerrou em R$ 3,3967, queda de 0,27% frente ao fechamento de ontem, mas alta de 6,78% no acumulado de novembro. Cabe lembrar que a expressiva elevação no mês foi resultado de um movimento mundial de ajustes de carteiras, com impacto direto em emergentes, em razão da surpreendente eleição de Donald Trump à presidência dos EUA. (Colaborou Silvana Rocha)

Por Agência Estado