A recessão segue devastando o mercado de trabalho. No trimestre encerrado em outubro, a taxa de desocupação cravou em 11,8%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta terça-feira (29/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi maior do que o registrado no trimestre imediatamente anterior, de 11,6%.
No acumulado entre agosto e outubro, 12 milhões de pessoas estavam sem emprego. Embora o número tenha mantido estabilidade em relação ao trimestre encerrado em julho, representou uma alta de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso significa que, em um ano, 3 milhões de pessoas passaram a ocupar a fileira de desempregados.
A população ocupada, por sua vez, ficou em 89,9 milhões, uma redução de 0,7% em relação ao trimestre anterior. Em números absolutos, significa que 604 mil postos de trabalho foram fechados no período. Em comparação ao mesmo período do ano passado, foram 2,4 milhões de desligamentos, em uma queda de 2,6%.
No trimestre encerrado em outubro, o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos ficou em R$ 2.025. Frente ao trimestre imediatamente anterior, representa um crescimento de 0,9%. Mas em comparação ao mesmo período de 2015, houve queda de 1,3%.