O aperto é tão grande que, entre os que pretendem consumir, a intenção é desembolsar menos do que no ano anterior. A enquete revela que, neste ano, 63% dos entrevistados disseram que planejam gastar uma cifra menor do que no Natal passado. Coincidentemente, no Natal de 2015, também 63% dos entrevistados informaram que desembolsariam menos do que em 2014. Resultado: o Natal do ano passado foi um fiasco.
"A situação piorou em cima do que já estava ruim", observa Reynaldo Saad, sócio líder para a indústria de Bens de Consumo e Produtos Industriais da Deloitte Brasil. Ele pondera que, apesar de os indicadores de confiança do empresariado sinalizarem uma perspectiva mais positiva para 2017, o cidadão comum ainda sente o efeito da queda na renda e tem medo de perder o emprego. Para 41% dos entrevistados, a situação financeira da sua família hoje é pior do que no ano passado e 59% se sentem inseguros em relação ao emprego.
Gasto
O pé no freio no consumo fica nítido em dois indicadores revelados pela pesquisa. O gasto total com presentes estimado neste ano pelos entrevistados será de R$ 342. No Natal de 2015, o desembolso efetivo com a compra de presentes foi de R$ 422. Se as previsões se confirmarem, será uma queda de quase 20% no gasto nominal e mais de 10% de retração se descontada a inflação
Um ponto que chama atenção é que, pela primeira vez desde que a consultoria começou avaliar o consumo no Natal em 2011, o número de presentes atingiu a menor marca. Neste ano, a intenção é comprar quatro produtos, ante cinco no ano passado. Saad observa que, em média, nos últimos anos, a intenção de compra de cada consumidor era levar para casa meia dúzia de presentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Agência Estado