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Economia

Bolsas de NY têm dia de 'rali' com maior expectativa com vitória de Hillary

Na véspera da eleição presidencial nos EUA e com maior expectativa de Hillary vencer, o Dow Jones fechou em alta de 2,08%

A notícia de que o FBI livrou a candidata democrata, Hillary Clinton, de acusações criminais no caso dos novos e-mails que foram enviados de um servidor privado quando ela era secretária de Estado impulsionaram as bolsas de Nova York nesta segunda-feira (7/11).

[SAIBAMAIS]Na véspera da eleição presidencial nos EUA e com maior expectativa de Hillary vencer, o Dow Jones fechou em alta de 2,08%, aos 18.259,60 pontos, atingindo o maior ganho diário desde agosto de 2015; o Nasdaq avançou 2,37%, aos 5.166,17 pontos; e o S 500 teve ganho de 2,22%, aos 2.131,52 pontos, a maior alta desde março, após nove pregões seguidos de queda, atingindo a maior sequência de baixas em 36 anos.

O diretor do FBI, James Comey, disse ontem em carta aos legisladores dos EUA que a agência não mudou a opinião de que Hillary não deve ser alvo de acusações criminais, após uma revisão em mais e-mails dela. Há 10 dias, a democrata viu sua campanha ser abalada pela possibilidade de responder a processos por ter enviado dezenas de milhares de e-mails quando estava no governo de Barack Obama por meio de um servidor privado, não pelo oficial. Com isso, seu rival, o republicano Donald Trump, chegou a ganhar força e ameaçar sua possível vitória.

No entanto, após as novas diretrizes do FBI, Hillary ganhou mais combustível na corrida presidencial, cujas eleições acontecem amanhã. Uma pesquisa da rede NBC divulgada hoje mostra Hillary com 47% das intenções de voto e Trump, com 41%. Outra sondagem, da CBS e do jornal The New York Times, traz a democrata com 47% e o republicano com 43%. Um levantamento da Investor;s Business Daily (IBD) e da TechnoMetrica Market Intelligence (TIPP), entretanto, aponta Trump com 43,1% das intenções, mais de dois pontos porcentuais à frente de Hillary, que tem 40,7%. Com a margem de erro, de 3,1 pontos porcentuais, os dois estão tecnicamente empatados.

Hillary é vista por muitos investidores como uma continuidade conhecida de governo, cuja presidência provavelmente não geraria choques políticos. Por outro lado, os investidores estão preocupados que uma vitória pelo candidato republicano Donald Trump daria início a um período de incerteza, dada a sua falta de experiência política e as suas opiniões sobre o protecionismo comercial.

Diante disso, as ações de bancos foram fortemente beneficiadas. Entre as maiores altas, destaque para o Goldman Sachs, JP Morgan, Bank of America, que tiveram ganhos de 3,13%, 3,14% e 2,78% respectivamente.

O Índice de Volatilidade da CBOE (VIX, na sigla em inglês), medidor de medo de Wall Street, que na sexta-feira estava em 22,51, hoje caiu 16,8% e fechou em 18,71. O indicador usa as opções do S 500 para medir as expectativas dos traders em relação às oscilações nos mercados de ações.

No entanto, vários analistas advertiram para um excesso de confiança dos investidores, lembrando como o referendo britânico de junho sobre a saída do Reino Unido da União Europeia pegou muitos de surpresa. Na ocasião, o índice S 500 subiu 1,3% em 23 de junho, antes de os resultados do Brexit chegarem. O índice caiu mais de 5% duas sessões seguintes.

"A votação que resultou no Brexit tem sido uma experiência muito ruim para muitas pessoas nos mercados, e todos têm isso em mente", disse Bastien Drut, estrategista da Amundi Asset Management. "Na semana anterior ao Brexit, as pesquisas de opinião se mostravam apertadas, e todo mundo foi pego de surpresa", acrescentou.

Por Frace Presse