O governo conseguiu 366 votos a favor da medida, e considerou a vitória "maiúscula", apesar das defecções. Ainda assim, Padilha evitou o termo ;traição;. ;Primeiro, eu não conheço traição. Traição é uma expressão que, a mim parece que vilipendia, diminui a relação dos parlamentares com as suas bases. Se fomos ouvir os parlamentares que circunstancialmente não votaram junto com o governo, sendo de um dos partidos da base do governo, ele terá uma explicação. O governo que terá de avaliar. Eu não reputo como traição;, disse.
Padilha ponderou que há situações em que o parlamentar tem de seguir outro rumo, por "circunstâncias políticas", maiores que "compromisso com o governo".
De acordo com o ministro da Casa Civil, a expectativa é de que o placar seja ainda mais expressivo, com mais voto favoráveis à PEC no segundo turno, mas disse que só fará estimativas em um período mas próximo da votação, que deve ocorrer no fim do mês.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC-SE), classificou a aprovação da PEC do teto como ;uma vitória grande; e que ela mostrou "unidade " da base. Ele minimizou o fato de vários parlamentares governistas terem votado contra o texto. ; Cada um teve o seu motivo e suas situações e a gente sabe respeitar perfeitamente. O que importa e que o governo saiu vitorioso;, disse. Sobre a possibilidade de punição aos infiéis, Moura botou panos quentes e destacou que o melhor é negociar para a próxima votação, no dia 24 de outubro. ;O que importa é respeitar a decisão que o governo vai tomar com quem votou contra a PEC e pavimentar o caminho para a aprovação em segundo turno;, completou.