A Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) admite o percentual de 0,3% do PIB com receita internacional, que deve alcançar US$ 7 bilhões em 2016. O presidente da entidade, Vinícius Lummertz, ressalta, no entanto, que, ao englobar a movimentação interna, a participação do setor passa para 3,7%, com geração de mais de 3 milhões de empregos. ;Se considerarmos o setor expandido, que agrega segmentos indiretos, a contribuição é de 9% com geração de 8 milhões de postos de trabalho;, diz.
A Embratur estima que o ano feche com a visita de 6,6 milhões de turistas estrangeiros, 4,7% acima dos 6,3 milhões que estiveram no país em 2015. Para se ter uma ideia, Cancún recebe 8 milhões de visitantes por ano. ;A participação do turismo é relevante se considerarmos a movimentação interna. No internacional, de fato é baixo. Nossa contribuição é de apenas 0,5% no PIB do turismo mundial. Mas o volume internacional cresceu 60% de 2003 a 2014. Antes o Brasil era um país muito fechado;, afirma Lummertz.
Baixo investimento
Para o presidente da estatal, os números são resultado do baixo investimento no setor. No ano passado, o Brasil gastou US$ 17 milhões em promoção no exterior, enquanto o México investiu US$ 400 milhões e a Colômbia, US$ 100 milhões. A Embratur participava de 65 feiras por ano; neste ano, foram 15. ;O Ministério do Turismo tem o segundo orçamento mais baixo da Esplanada;, acrescenta.
Também há o entrave dos vistos. O Brasil retirou a obrigatoriedade para canadenses, australianos e americanos durante as Olimpíadas, porque são países que não oferecem riscos migratórios. ;Mas a exigência voltou em 19 de setembro, apesar de termos pedido a extensão por mais um ano;, lamenta.
Em matéria de vistos, o WTTC propõe que os governos tomem decisões políticas que conciliem a segurança de seus cidadãos com a facilitação de entrada de estrangeiros para fins comerciais e de lazer. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), 61% dos 1,2 mil milhão de viajantes internacionais registrados em 2015 precisaram solicitar vistos tradicionais, envolvendo manual de preenchimento de formulários e filas nos consulados. Mais um obstáculo que impede o setor de crescer.
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