As vendas do varejo no Estado de São Paulo caíram 13% em julho, na comparação com o mesmo mês em 2015. Os dados divulgados nesta quarta-feira, 28, pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostram que a retração foi maior que a registrada em junho (-10,5%) e ficou próxima à de maio (-12,9%), considerando a mesma base de comparação.
A pesquisa denominada ACVarejo analisa o varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção. Os setores que mais sofreram reduções em volume de vendas, na comparação entre julho de 2016 e julho de 2015, foram "lojas de móveis e decorações" (-29,3%), "concessionários de veículos" (-24,8%) e "lojas de vestuário, tecidos e calçados" (-20,3%). Segundo a ACSP, os três setores citados são mais dependentes da oferta de crédito.
Em nota distribuída pela assessoria de imprensa, a Associação Comercial de São Paulo considera que os resultados negativos ainda são reflexos da crise enfrentada pelo varejo. "Mas esperamos um arrefecimento das quedas até o final do ano, devido à base mais fraca de comparação, à redução dos estoques e ao início da recuperação da confiança de consumidores e empresários", avalia Alencar Burti, presidente da ACSP.
Entre as menores quedas estão os setores de "farmácia e perfumaria" (-5,2%) e "supermercado" (-0,5%), que são áreas consideradas mais resistentes a recessões. Quando analisadas as vendas no acumulado do ano (de janeiro a julho), os dois setores foram os únicos a terem aumento em volumes de vendas, de 0,9% e 0,2%, respectivamente.