A confiança do consumidor subiu 1,3 ponto em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta terça-feira (27/9) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 80,6 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2015, quando estava em 81,2 pontos. Foi a quinta alta consecutiva no indicador, que tinha atingido a mínima histórica em abril deste ano.
O descolamento entre satisfação com o presente e as expectativas com o futuro manteve-se em setembro. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 1,3 ponto, de 69,5 pontos em agosto para 68,2 pontos em setembro, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,2 pontos, atingindo 90,1 pontos em setembro, o maior nível desde outubro de 2014, quando estava em 94,6 pontos.
"A confiança dos consumidores continua sendo sustentada pelas expectativas em relação aos meses seguintes. O descolamento recorde entre o ISA e IE, mostra que mesmo após seis meses de melhora gradual das expectativas, a demora para que ocorra uma efetiva recuperação do mercado de trabalho ou da situação financeira das famílias vem levando à sustentação de uma postura cautelosa por parte do consumidor", avaliou em nota oficial Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O grau de satisfação dos consumidores com relação à situação atual da economia piorou em setembro. O subitem caiu 1,8 ponto ante agosto. Já o subitem que mede o grau de otimismo com relação à evolução da Situação Financeira das Famílias nos seis meses seguintes foi o quesito que mais influenciou positivamente o ICC, ao subir 3,1 pontos.
O levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1 a 22 de setembro.