Em alguns casos, parte do benefício projetado passou a ser destinado a cobertura de rombos atuariais. Postalis, dos empregados dos Correios; e Funcef, dos funcionários Caixa Econômica Federal, já cobram dos participantes contribuições adicionais para cobrir deficits acumulados nos últimos anos. Previ, do Banco do Brasil; e Petros, da Petrobras, devem criar planos de equacionamento para bancar a necessidade de financiamento a partir do próximo ano.
A relação de confiança estabelecida por participantes e patrocinadores dos fundos de pensão ao longo de décadas se estremeceu consideravelmente, entre 2011 e 2014, e atingiu seu pior momento no ano passado, quando oito das 10 maiores fundações do país acumularam deficit atuarial. Nem o fato de 201 dos 307 fundos de pensão serem privados melhorou as expectativas. Até aquele período, dos 6 milhões de participantes potenciais, apenas 2,5 milhões contribuíam mensalmente para o sistema.
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[SAIBAMAIS]Boa parte do resultado negativo, que totalizou R$ 76,7 bilhões no ano passado, se deveu a desvalorização de ativos em meio a crise brasileira e internacional. Além disso, suspeitas de desvios na gestão das entidades passaram ser apontadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Polícia Federal (PF) como parte do prejuízo. Até junho, o rombo do sistema chegou a R$ 84 bilhões, mesmo com a recuperação das aplicações em renda variável e fixa.
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