Uma ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditou, nesta terça-feira (6/09), as instalações das empresas de combustíveis responsáveis pelo abastecimento das aeronaves que operam no Aeroporto de Brasília. A medida provocou atrasos e cancelamentos de voos, incomodação aos passageiros e ainda vai gerar prejuízo para as companhias aéreas, que terão que arcar com a acomodação dos seus clientes que perderam as viagens.
[SAIBAMAIS]O MTE ainda não se manifestou para explicar os motivos da ação. O Aeroporto de Brasília, inicialmente, chegou a afirmar, por meio da assessoria de imprensa, que a medida não tinha afetado as operações do terminal. No entanto, a gerente de compras Jucieli Magalhães, de 32 anos, contou ao Correio que precisou remarcar seu voo e retirar as bagagens que já tinham sido despachadas. Ela e o marido iam embarcar às 16h10 em um voo da Gol com destino a Navegantes (SC) e conexão em Congonhas (SP). ;Na hora do embarque, a companhia aérea nos chamou, pediu que retirássemos as malas porque a aeronave não teve como abastecer;, disse.
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Jucieli remarcou o voo para as 21h com destino a Guarulhos (SP), mas sua conexão para o destino final só poderá ser feita na manhã de quarta-feira. ;Nem nos deram certeza de que conseguiremos viajar às 21h. Mas a Gol disse que vai nos acomodar em Guarulhos esta noite se tudo der certo;, afirmou. Como mora no Jardim Botânico, longe do terminal aeroportuário, o casal decidiu permanecer no aeroporto na esperança de embarcar ainda nesta terça-feira.
Irregularidades
Em uma medida semelhante, em agosto, auditores do MTE interditaram diversos serviços do Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, devido a irregularidades trabalhistas. Naquela ocasião, Schell e Petrobras foram autuadas sob a justificativa de que os serviços não atendiam aos padrões de segurança, oferecendo riscos aos funcionários e usuários do terminal.
Procurada, a Petrobras Distribuidora informa que está tomando medidas para retomar o quanto antes os abastecimentos no Aeroporto Internacional de Brasília. ;A companhia, que no mercado de aviação tem a marca BR Aviation, reitera que não há qualquer risco operacional nas suas instalações e equipamentos, que seguem todos os padrões internacionais de segurança.;
;A Raízen, da Shell, informa que segue rigorosos padrões trabalhistas e operacionais de segurança, saúde e respeito ao meio ambiente e reforça que as alegações de risco manifestadas não correspondem à realidade, não havendo registro na indústria de aviação mundial de qualquer problema de rompimento dos vasos e tampouco danos às pessoas. A empresa está esclarecendo os apontamentos feitos pelo Ministério do Trabalho em Brasília e atua para que a operação de abastecimento no aeroporto não seja impactado.;