Este ano, a receita com concessões e permissões é de R$ 22,8 bilhões, dos quais R$ 21 bilhões já foram realizados. Para 2017, a estimativa é de R$ 24 bilhões com novas concessões, principalmente de hidrelétricas e na área de óleo e gás. ;Na revisão da meta, considerou-se receita de R$ 5,6 bilhões decorrente de concessões e permissões já realizadas, ou seja, prevemos acréscimo de R$ 18,4 bilhões;, diz Meirelles.
O Ministério da Fazenda não explica exatamente quais serão as concessões para atingir a cifra, o que só deve ser anunciado por Temer quando voltar da China. O programa deverá incluir usinas hidrelétricas, leilões de campos de petróleo do pré-sal e concessão de aeroportos.
Para Cláudio Frischtak, presidente da InterB Consultoria, ainda é cedo para dizer se os números são realistas. ;Os ativos de infraestrutura estão depreciados. Só se o governo recuperar as condições macroeconômicas, aprovando as medidas de ajuste, essas estimativas podem se confirmar. Porque muitas coisas que estão à venda valem pouco, outras só vão gerar dinheiro de dividendos, e algumas dependem de mudanças regulatórias.;
Os ativos na área de óleo e gás, os mais valiosos, dependem do preço do petróleo e da aprovação, pelo Congresso, do projeto que tira da Petrobras a obrigatoriedade de participação de 30% e de ser a operadora única dos campos do pré-sal. ;Não vai ser fácil. Temos uma oposição muito forte da esquerda, que saiu ressentida do processo de impeachment, e vai ser contrária à redução da Petrobras;, avalia Fernando Marcondes, sócio do escritório L.O. Baptista-SVMFA.
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