Diante da legislação, o ministro espera que haja uma série de ações nos tribunais com denúncias de abuso de poder econômico e caixa dois após as eleições municipais. "Vamos ter muitas discussões sobre abuso de poder econômico e uso de caixa dois. Talvez haja uma intensificação da judicialização pós eleitoral, vamos ter muita discussão e depois ajuizamento de ações impugnando mandatos", declarou.
Lei da Ficha Limpa
Na entrevista, Gilmar Mendes voltou a criticar a Lei da Ficha Limpa, dizendo que a legislação é insuficiente para combater a imoralidade na política nacional. "Veja que temos metade ou pelo menos acima de um terço dos deputados na Câmara investigados ou com denúncias oferecidas. Portanto, devemos ter outros meios de combater os déficits morais da política", disse. Na quarta-feira, 17, o ministro havia comentado que iniciativa parece ter sido feita por "bêbados".
Em resposta às críticas do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, que afirmou que a declaração do ministro "não é postura de magistrado", Gilmar Mendes reforçou as opiniões sobre a limitação da legislação. "Já estamos há seis anos da sua aprovação (da lei) e até hoje continuam as polêmicas Se apresentou como se fosse a pedra filosofal, que resolveria todos os problemas, uma panaceia, e vimos que não é assim."