O fortalecimento do dólar no exterior após a divulgação de indicadores nos Estados Unidos influencia o câmbio doméstico nesta quinta-feira (18/8). Já o euro foi às máximas ante o dólar mais cedo, após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que, apesar de ter destacado que a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia criou novos obstáculos para a economia da zona do euro, avaliou que era muito cedo para discutir novos estímulos.
Às 9h33, o dólar à vista subia 0,39%, a R$ 3,2179. O dólar futuro para setembro subia 0,42%, a R$ 3,2325. No exterior, o euro subia a US$ 1,1334. No Brasil, o dólar ganhou força antes dos dados americanos, após o BCE. O diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer, disse que "sem sinais de novos estímulos para a zona do euro, não há reforço da liquidez global e o dólar tende a se apreciar ante o real".
Nos EUA, os novos pedidos de auxílio-desemprego tiveram recuo de 4 mil na semana encerrada em 13 de agosto, para 262 mil. Analistas previam 265 mil. O dado segue em um nível consistente com contratações constantes no mercado de trabalho americano. Além do exterior, a derrota do governo com a suspensão na quarta-feira, por falta de quórum, da votação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria a Desvinculação de Receitas da União (DRU) também traz cautela.