A demanda das empresas brasileiras por crédito caiu 5,9% em julho na comparação com o mês anterior, na série sem ajuste sazonal. Esta foi a segunda queda consecutiva da apuração na margem, conforme o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Na comparação com julho do ano passado, houve recuo de 3% na demanda. No acumulado dos sete primeiros meses de 2016, o resultado caiu 2,3% ante o mesmo período do ano passado.
Em nota, os economistas da instituição afirmam que o desempenho negativo ocorre em meio ao quadro de retração econômica do País, "diminuindo a necessidade de capital de giro, combinada com as condições mais restritivas do crédito junto às instituições financeiras (taxas de juros mais altas e queda, em termos reais, dos volumes envolvidos)".
A pesquisa mostra que a redução na demanda foi puxada principalmente pelas micro e pequenas empresas, que apresentaram retração de 6,1% no índice em julho ante junho. No acumulado do ano, esses pequenos negócios registraram queda de 1,7% na demanda por financiamentos frente ao mesmo período de 2015. Nessa base de comparação, as empresas maiores tiveram reduções mais intensas: -13,2% nas médias e -10,4% nas grandes empresas frente aos primeiros sete meses de 2015.
Considerando os setores da economia, os serviços recuaram sua demanda por crédito em 7,5% de junho para julho deste ano. A indústria (-4,6%) e o comércio (-4,4%) também apresentaram retrações no resultado de um mês para o outro. Na análise geográfica, a demanda empresarial por crédito recuou em todas as regiões País em julho ante junho: Sul (-8,6%), Norte (-7,0%), Centro-Oeste (-6,9%), Sudeste (-5,5%) e Nordeste (-3,3%). No acumulado do ano, apenas a região Sul apresentou avanço no resultado em relação ao mesmo período de 2015, com crescimento de 1,7% na demanda.