O lucro líquido do Grupo Votorantim S.A. no segundo trimestre do ano somou R$ 318 milhões, queda de 47% em relação ao observado no mesmo período de 2015. Ante os três primeiros meses deste ano, houve, por outro lado, aumento de 121%. O Ebitda (lucro antes de juros,impostos, depreciação e amortização) ajustado de abril a junho foi de R$ 1,490 bilhão, queda de 17% ante o observado no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre, houve crescimento de 76%.
A receita líquida no trimestre passado foi de R$ 7,573 bilhões, queda de 4% na relação anual e alta de 13% no comparativo trimestral. Segundo o relatório que acompanha o demonstrativo financeiro da empresa, a queda anual é explicada pelo efeito negativo vindo da operação brasileira, diante de preços de energia mais baixos e fechamento temporário das operações de níquel no período.
Olhando para o negócio de cimentos, a Votorantim afirma que o desempenho da economia brasileira afetou negativamente os volumes de vendas. Por outro lado, na unidade da América do Norte, tanto a receita líquida quanto o Ebitda foram impulsionados pela forte demanda na região dos Grandes Lagos. Do total das receitas do grupo Votorantim, 46% veio do segmento de cimento, 21% de zinco e seus subprodutos, 14% de alumínio, 2% de níquel, 12% de aço longo e o restante oriundo de outras atividades.
Dívida
Ao final de junho, a dívida líquida da companhia somava R$ 16,84 bilhões, queda de 4,9% em relação ao observado no mesmo período do ano passado. Ante o visto no fim do ano passado, a dívida líquida recuou 13,4%. A alavancagem, medida pela razão entre dívida líquida e Ebitda, foi a 2,75 vezes, ante 2,42 vezes no fim de junho de 2015.
No fim de março, a alavancagem estava em 2,78 vezes. "Continuamos com a postura de manter uma posição confortável de liquidez e um perfil suave de amortização de dívidas para os próximos anos", destaca Sergio Malacrida, diretor de Tesouraria e Relações com Investidores da Votorantim S.A., em nota.
Ainda no segundo trimestre do ano, a empresa investiu R$ 773 milhões, aumento de 27% na relação anual. Segundo a companhia, 47% desse montante foi destinado para expansão de projetos. "Os principais projetos estão focados nas operações de cimentos, que contou com 85% do total dos investimentos em expansão. A maioria dos projetos estão fora do Brasil, seguindo a estratégia de diversificação regional", destaca o grupo no documento citado. "Mesmo em um ambiente volátil, tomamos a decisão de manter investimentos em projetos que já estavam aprovados", afirma, em nota, o diretor presidente da Votorantim S.A., João Miranda.