O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira (20/7) que o governo não trabalha com um contingenciamento que, segundo ele, é uma palavra desconhecida dentro da junta orçamentária, composta pelos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Casa Civil. "O que temos é que o governo trabalha nos seus limites mínimos, mas temos gorduras em determinadas áreas", disse antes de criticar um corte no orçamento.
Como alternativa, o ministro defendeu a securitização da dívida pública, tema que já está sendo conversado tanto na área econômica como com o Tribunal de Contas da União (TCU). "Securitização é uma das alternativas que poderá ou não ser adotada", disse.
Questionado sobre o montante que o governo poderá vender, Padilha afirmou que uma parcela de R$ 60 bilhões "é pouco". Segundo ele, há R$ 1,5 trilhão em dívida e R$ 60 bilhões são 6% do montante total. O ministro ressaltou ainda que o governo "esgotará todas as alternativas para que não haja contingenciamento".
Para este ano, Padilha destaca que o governo precisa aprovar o teto de gastos, a reforma da Previdência Social, a trabalhista e a fiscal que, segundo ele, mexerá apenas em dois ou três pontos. O ministro conta, ainda, com uma reforma na prestação de serviço eficaz do Estado. "Queremos implantar o governo virtual. O cidadão entrará no sistema e terá transparência", disse.
De acordo com Padilha, o governo pretende colocar todas as relações da população com o Estado nesse programa. Ele exemplificou com o caso da Saúde, onde, segundo disse, poderia haver redução de filas e muitas demandas serem resolvidas pelo telefone.