Jornal Correio Braziliense

Economia

IIF vê projeção da economia do Brasil crescer até 1,5% no ano que vem

Para o IIF, a questão essencial para a economia brasileira é o ajuste fiscal, que precisa contar com a resolução de questões estruturais, como a rigidez no Orçamento brasileiro, com gastos atrelados a leis respondendo por mais de 90% das despesas

O Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo e com sede em Washington, divulgou um documento nesta terça-feira (19/7) em que melhora as projeções de crescimento para a economia brasileira. A previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça até 1,5% em 2017 e mais de 3% em 2018. Os juros devem começar a cair a partir de outubro e ficar em 13,25% no fim de 2016 e 10% no ano que vem.

O relatório do IIF comenta a percepção da instituição após as reuniões na semana passada em Brasília com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, além de outros membros do governo e representantes do setor privado.

O tom do relatório é otimista sobre o Brasil, com o economista do IIF, Ramón Aracena, destacando comprometimento do governo em reconstruir a credibilidade na política econômica, com consequente impacto nos níveis de confiança de empresários, investidores e consumidores.



"O BC mostra comprometimento em trazer a inflação para a meta e a Fazenda está tentando implementar um ajuste fiscal "gradual, mas significativo", destaca o economista do instituto.

Para o IIF, a questão essencial para a economia brasileira é o ajuste fiscal, que precisa contar com a resolução de questões estruturais, como a rigidez no Orçamento brasileiro, com gastos atrelados a leis respondendo por mais de 90% das despesas. O relatório destaca que o primeiro passo para encarar esse problema foi a proposta de um teto para limitar o crescimento das despesas. A expectativa é que a emenda constitucional seja aprovada no Congresso ate o primeiro trimestre de 2017. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.