Os indicados para a diretoria do Banco Central (BC) defenderam nesta terça-feira (5/7), em sabatina no Senado, o controle da inflação e o câmbio flutuante, com cotação definida no mercado, mas com intervenções da autarquia sempre que houver grandes oscilações.
O indicado para a diretoria de Política Monetária, Reinaldo Le Grazie, disse que ;quanto mais tempo a inflação permanecer próxima da meta, maior será a contribuição do Banco Central para que os reajustes de preços deixem de ser uma preocupação recorrente na tomada de decisão dos agentes;.
;Uma inflação baixa e estável protege o nível de renda, em especial da parcela mais vulnerável da sociedade, que recebe rendimentos fixos em termos nominais; mantém eficazes as políticas de redução de desigualdade e proteção socia, e viabiliza o planejamento para a consecução dos investimentos, tão necessários ao desenvolvimento socioeconômico sustentável dopaís;, disse Tiago Couto Barriel, indicado para a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativo.
Neste ano, a meta de inflação é 4,5%, com limite superior em 6,5%. Mas a inflação deve superar o teto. A projeção do BC é de que a inflação fechará este ano em 6,9%. Segundo o Banco Central, em 2017 a inflação deve recuar e encerrar o período em 4,7%. O limite superior da meta no próximo ano é 6%, com centro em 4,5%.
Câmbio
Le Grazie defendeu intervenções pontuais no câmbio, ;que sirvam para corrigir fortes distorções;. ;São práticas saudáveis, desde que não alterem a trajetória da moeda, que é, em última instância, definida por um conjunto de fatores locais e externos;. disse.
O atual procurador-geral do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira, será o diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania. O economista Carlos Viana de Carvalho ocupará a diretoria de Política Econômica. Eles também estão sendo sabatinados na Comissão de Assuntos Econômicos.