Jornal Correio Braziliense

Economia

Crise na Casa da Moeda expõe má gestão e corrupção institucionalizada

Em meio a investigações da Polícia Federal, empresa que detém o monopólio da fabricação de passaportes atrasa a confecção do documento. Para analistas, má gestão e malversação de recursos públicos minam a eficiência de companhias públicas



Em outra operação, deflagrada em junho passado, denominada Esfinge, a PF identificou fraudes em licitações no valor de R$ 6 bilhões, também relacionadas à instalação do Sicobe. Funcionários teriam embolsado R$ 70 milhões em propinas. Os balanços da empresa, no entanto, apontam lucro, o que surpreendeu José Matias-Pereira, professor de Administração Pública da Universidade de Brasília (UnB). ;Os números da corrupção são assustadores. Falar que o balanço está dentro da normalidade é algo que precisa primeiro passar pelo crivo dos órgãos de controle, como o TCU (Tribunal de Contas da União);, disse.

Para o especialista, os balanços da Petrobras, da Caixa e do Banco do Brasil também precisarão ser examinados. ;As coisas são reveladas de maneira muito lenta no país. Isso faz com que, aparentemente, pareçam normais. A corrupção se institucionalizou na administração pública;, alertou. ;Quando isso ocorre, todo o sistema político conspira para que nada venha à tona. Ainda vão surgir evidências nos próximos meses.;

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