Jornal Correio Braziliense

Economia

Inflação pelo IPC-S recua para 0,26% em junho, aponta FGV

Apenas o grupo Educação, Leitura e Recreação apresentou acréscimo em sua taxa de variação, de 0,11% para 0,26%

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou de 0,64% em maio para 0,26% em junho Na terceira quadrissemana de junho, o IPC-S havia ficado em 0,33%. O indicador acumula altas de 4,50% no ano e de 8,54% em 12 meses. O IPC-S de junho ficou dentro das estimativas apuradas pelo Broadcast Projeções, que iam de 0,21% a 0,33%. A mediana era de 0,29%.

Das oito classes de despesas analisadas, seis registraram decréscimo em suas taxas de variação de preços na passagem da terceira para a quarta quadrissemana de junho: Despesas Diversas (de 1,29% para 0,41%), Transportes (de -0,14% para -0,22%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,64% para 0,54%), Vestuário (de 0,75% para 0,37%), Comunicação (de 0,12% para 0,11%) e Habitação (de 0,65% para 0,63%).

Apenas o grupo Educação, Leitura e Recreação apresentou acréscimo em sua taxa de variação, de 0,11% para 0,26%. O grupo Alimentação manteve a taxa de variação registrada na apuração da terceira quadrissemana de junho, quando foi de 0,07%.



Despesas Diversas

O grupo Despesas Diversas, que recuou de 1,29% na terceira leitura de junho para 0,41% na última quadrissemana do mês, foi o que mais contribuiu para a desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) divulgado pela FGV. O indicador geral recuou 0,07 ponto porcentual, de 0,33% para 0,26% entre os dois períodos. No grupo Despesas Diversas, a FGV destacou o comportamento do item cigarros, cuja taxa passou de inflação de 2,18% para deflação de 0,06% entre a terceira e a quarta quadrissemana de junho, com a diminuição dos efeitos do aumento da tributação do item pelo governo.

Dentre as outras cinco classes de despesa que registraram desaceleração, as maiores contribuições vieram dos itens: gasolina (de -1,15% para -1,59%), em Transportes; medicamentos em geral (de 0,37% para 0,11%), em Saúde e Cuidados Pessoais; roupas (de 0,64% para 0,15%), em Vestuário; mensalidade de internet (de 0,13% para -0,25%), em Comunicação; e tarifa de eletricidade residencial (de 0,79% para 0,44%), em Habitação. Individualmente, os itens com as maiores influências negativas foram mamão papaya (de -16,07% para -29,38%), cebola (de -11,73% para -24,07%), gasolina (de -1,15% para -1,59%), cenoura (de -32,33% para -33,61%) e banana-prata (de -8,65% para -9,44%).

Já os itens com as maiores influências positivas foram leite longa vida (de 7,29% para 10,00%), feijão carioca (de 29,26% para 38,62%), taxa de água e esgoto residencial (ainda que tenha desacelerado de 4,01% para 3,41%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de variação de 1,04%) e condomínio residencial (mesmo com desaceleração de 1,08% para 1,07%).