Jornal Correio Braziliense

Economia

Meirelles diz que carga tributária pode ser decrescida após ajuste fiscal

Ele também afirmou que a atividade econômica já começa a dar sinais de recuperação



Dyogo comentou o aumento concedido na quarta-feira, 29, de 12,5% aos beneficiários do Bolsa Família, disse que o programa é extremamente meritório e tem apoio do governo federal e destacou que o reajuste é inferior à inflação do período. "Optamos em não dar a integralidade (da inflação) dentro da realidade de contenção de despesas", afirmou. Ele ressaltou, entretanto, que não se pode abandonar os mais vulneráveis. "A nossa nação não pode mais conviver com a miséria total e com a fome."

O ministro afirmou ainda que os reajustes a servidores federais nos próximos anos serão em linha com inflação. Segundo ele, nos próximos anos, a despesa com pessoal da União caiu de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 4,2% do PIB. "E mesmo com novos reajustes estará estabilizado neste padrão. Não representam um aumento de carga para a sociedade brasileira."

Dyogo disse que nenhum país conseguiu se desenvolver sem a estabilidade macroeconômica e sem o reconhecimento do setor privado. "Estamos trabalhando de maneira bastante firme e dedicada", afirmou, citando as matérias econômicas aprovadas no Congresso, como a Desvinculação das Receitas da União (DRU) e o projeto de lei que regulamenta as estatais.

Inflação
Dyogo afirmou que as estimativas da inflação estão caindo e apontam que em 2017 já poderemos atingir o centro da meta. "Isso trará espaço para que haja uma política monetária com o nível de inflação mais baixa", disse, destacando ainda a queda no risco Brasil e índices que mostram a retomada da confiança.