Ao ser questionado sobre as dificuldades para atingir a meta de inflação em 2017, principalmente, porque o governo federal não deverá contribuir com um resultado fiscal positivo neste ano e no próximo, Goldfajn tentou demonstrar confiança no novo governo do qual faz parte. Ele apostou que o BC não será a única perna do tripé para estabilizar a atividade econômica. ;O que estamos vendo é que há uma mudança na equipe para a recuperação da economia e para que a inflação caia mais rápido. Não acredito que o BC ficará sozinho de novo;, disse. ;Se olharmos a percepção dos indicadores de mercados, não só em prêmios de riscos, fica claro que há uma expectativa melhor para frente.
Para o presidente do BC, o cenário internacional é ;desafiador;, principalmente, com a recente saída do Reino Unido da União Europeia, pois o impacto na economia global ainda não está totalmente mensurado, muito as consequências estão mapeadas. ;Prometemos monitorar os contínuos movimentos e vamos adotar medidas adequadas para garantir o funcionamento normal dos mercados;, afirmou.
No Relatório Trimestral de Inflação, o BC reduziu de 3,5% para 3,3% a projeção de retração para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016, na comparação com o último documento divulgado em março. A instituição também aprofundou a queda estimada para o setor agrícola, de 0,2% para 1,1%. Já a expectativa de recuo da indústria foi reduzida de 6,2% para 4,6%. O BC estima um deficit nas transações correntes de US$ 15 bilhões.