Jornal Correio Braziliense

Economia

Receita líquida de empresas de capital aberto tem a maior queda desde 1990

Dados da Economatica mostram que essa é a primeira retração em 17 anos e, para piorar, apenas no primeiro trimestre deste ano, o tombo já foi de 7,64%

A recessão de 2015 pegou em cheio as empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BMF. A receita líquida operacional das empresas de capital aberto caíram 5,43% em 2015, a maior queda desde 1990, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (24/06) pela Economatica, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

É a primeira vez que a receita das empresas negociadas na bolsa paulista encolhe em 17 anos, ou seja, desde 1998, conforme dados da Economatica. A entidade calcula o crescimento da receita líquida operacional das empresas de capital aberto desde 1987. Esse cenário não era registrado desde 1998, quando as empresas registraram retração de 0,54% em sua receita líquida operacional. A maior queda real da receita ocorreu em 1990, quando o recuo foi de 24,99%, de acordo com dados levantados pelo gerente de relacionamento institucional da Economatica, Einar Rivero.

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De acordo com o especialista, o resultado da receita dessas empresas no primeiro trimestre de 2016 registrou queda de 7,64%, em valores constantes. Desde 1987 a receita líquida operacional das empresas de capital aberto encolheu em sete períodos anuais: 1989, 1990, 1991, 1995, 1996, 1998 e 2015.