Jornal Correio Braziliense

Economia

Restituição do Imposto de Renda deve ajudar contribuintes a quitar débitos

Receita libera R$ 2,65 bilhões a 1,6 milhão de pessoas que pagaram a mais do que deviam de Imposto de Renda. Para especialistas, é importante se livrar de dívidas caras - como cartão de crédito e cheque especial - e guardar recursos para eventualidades

A Receita Federal depositou ontem o primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2016, além de devoluções residuais dos exercícios de 2008 a 2015. Ao todo, 1,6 milhão de contribuintes receberam um total de R$ 2,65 bilhões. Idosos, pessoas com alguma deficiência física ou mental, ou com doença grave tiveram prioridade. Para especialistas, é importante planejar o uso desse dinheiro, principalmente neste momento de crise econômica.

[SAIBAMAIS]Na opinião do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Antônio Leal, é preciso, antes mesmo de resgatar a quantia, saber que destino dará a ela, para evitar gastos supérfluos e não tão importantes. Caso a pessoa tenha dívidas, a recomendação é de que, antes de qualquer coisa, o recurso seja usado para saldar o débito. ;Sabemos que as dívidas no Brasil são muito caras. As pendências com taxas de juros mais altas, como o cartão de crédito e cheque especial devem ser prioridade. É aconselhável zerar essas pendências, se possível, tudo o que está devendo;, disse Roberto Piscitelli, professor de finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB).



Aos contribuintes que estão com as contas em dia, o recomendado é guardar o valor recebido de restituição para necessidades futuras. A assistente administrativa Ana Catarine, 24 anos, conseguiu se livrar das dívidas que tinha e já pensou no destino do dinheiro que receberá. ;Como estou livre das contas, decidi guardar dinheiro na poupança para me prevenir de imprevistos;, contou.

Para Piscitelli, uma boa maneira de guardar dinheiro e garantir bom rendimento é investir em títulos públicos. O especialista considera uma alternativa atraente e segura. ;Os investimentos no Tesouro Direto têm rendimentos melhores do que a poupança. Aí vai do perfil da pessoa. Ela deve avaliar os títulos públicos disponíveis e adequar à necessidade: a longo ou curto prazo;, explicou.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.