Jornal Correio Braziliense

Economia

Produção do Brasil deve crescer apenas 40 mil BPD no ano, aponta AIE

Em relatório mensal, a entidade destaca que a produção brasileira tem sofrido com problemas em algumas áreas de produção

A produção brasileira de petróleo vai crescer apenas 40 mil barris em 2016, de acordo com previsões da Agência Internacional de Energia (AIE). A entidade diz que a manutenção de plataformas e problemas inesperados reduzirão o fôlego do aumento da produção brasileira, que deve terminar o ano em 2,57 milhões de barris diários. Para 2017, a entidade espera que novas plataformas e a solução dos atuais problemas devem adicionar 270 mil barris diários à produção brasileira, a qual deve alcançar a média de 2,85 milhões no próximo ano. Há, porém, risco de atraso em novos projetos.

Em relatório mensal, a entidade destaca que a produção brasileira tem sofrido com problemas em algumas áreas de produção. Ao citar números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a AIE nota que a produção média brasileira de petróleo e derivados em abril subiu apenas 20 mil na comparação com março. Foram extraídos 2,3 milhões de barris diários em abril e os números mostram que a tendência de desaceleração nos volumes é vista desde o início do ano. Entre os problemas de abril, a AIE destaca a queda no volume produzido no Campo de Lula.



Com o fim da manutenção vista atualmente em vários campos, a Agência prevê "rápida recuperação" da produção nessas áreas. Além disso, novas plataformas como a Cidade de Saquarema começarão a produzir até o fim do ano. Portanto, há expectativa de que o ano tenha aumento marginal da produção.

Para 2017, a produção deve crescer, mas há chance de novos problemas como atrasos nos projetos. "A Petrobras prevê adicionar novas sete plataformas na Bacia de Campos, incluindo três na área de Lula, duas em Búzios e uma no campo de Lapa, além de outra na gigantesca área de Libra. Análises sugerem que quatro dessas plataformas tiveram grandes problemas durante a fase de construção e sugerem que algumas dessas unidades podem ser adiadas para além de 2017", pondera o documento.