Os mercados domésticos digerem na manhã desta quinta-feira (2/6), uma série de indicadores nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que monitoram a fala do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. O dólar tentava ganhar força com Draghi, que sinalizou que pode haver mais estímulos na zona do euro, se necessário.
No lado da pressão de baixa está a aprovação em plenário da Câmara durante a madrugada, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023, por 334 a 90 votos. Às 9h42, o dólar à vista no balcão subia 0,18%, a R$ 3,5981, enquanto o dólar futuro para julho recuava 0,23%, a R$ 3,6295.
Também colabora para amenizar a pressão de alta vinda do exterior, a produção industrial, que subiu 0,10% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 1,50% à expansão de 0,40%, vindo bem melhor que a mediana, que era de -0,90%. O dado também é positivo e contribui para alguma pressão de baixa nos juros.
Nos EUA, o setor privado dos EUA criou 173 mil empregos em maio, segundo pesquisa divulgada pela Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisers (ADP/MA), acima da expectativa de analistas de %2b170 mil. O dado de abril foi revisado de 156 mil para 166 mil.
O indicador é tido como uma prévia para o relatório oficial de emprego, o payroll, que sai na sexta-feira, 3. Já os pedidos de auxílio-desemprego caíram para 267 mil na semana passada, abaixo da expectativa de 270 mil. Dados mais fortes nos EUA tendem a fortalecer o dólar.