O governo vai tentar minimizar o afastamento de Romero Jucá do Ministério do Planejamento, mantendo os planos de anunciar hoje um pacote de medidas factíveis para a retomada da confiança e de investimentos no país. Ontem, durante evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que as medidas terão como prioridade a redução da dívida pública. Segundo ele, a receita de elevação de impostos ;não mais se aplica;.
Ele antecipou que serão anunciadas medidas ;administrativas e legislativas; para combater o deficit fiscal e que outras propostas virão no ;devido tempo;. ;O aumento da carga tributária e a contenção de despesas discricionárias não são solução;, afirmou. Segundo Meirelles, se nada for feito, a relação entre dívida pública e PIB pode superar os 80% em alguns anos.
O objetivo inicial da equipe econômica é, segundo ele, dar uma ideia do ;plano de voo, da direção; do que está sendo planejado. São medidas, ainda de acordo com o ministro, com efeitos plurianuais e impactos permanentes. A aprovação dessa linha de ação por parte do Congresso trará segurança a todo o conjunto da sociedade econômica, entre eles trabalhadores, empresários, aposentados. ;E tem que ficar claro que não é mera declaração de intenção;, disse.
Para o titular da Fazenda, há muito a ser feito do ponto de vista discricionário, mas a margem é pequena em função de despesas introduzidas nas contas públicas ao longo dos últimos anos. A mudança nos gastos discricionários depende de aprovação do Congresso.
Meirelles repetiu que a nova equipe econômica pretende eliminar a trajetória de alta da dívida pública, estabilizá-la em ;determinado momento; para depois voltar a cair. Com a aprovação de medidas de longo prazo, a atividade, a geração de empregos e os investimentos seriam retomados. ;É muito importante que todo o processo de ajuste seja viabilizado por uma arrecadação crescente e por um país que esteja crescendo;, afirmou.
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