O exterior positivo beneficia o humor nos mercados domésticos nesta sexta-feira(20/5), ofuscando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) mais salgado em maio. Os juros futuros rondavam a estabilidade, com viés de baixa.
Segundo o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, os juros são influenciados pela queda do dólar, em meio à ausência de leilão de swap reverso, pelo ambiente positivo no exterior, e pela expectativa de anúncio da meta fiscal na segunda-feira. "Se não fosse pelo IPCA-15, poderíamos ter um fechamento forte da curva de juros", avalia.
Às 9h47, o DI para janeiro de 2018 estava em 12,74%, na mínima, de 12,77% no ajuste da quinta-feira(19/5). O DI para janeiro de 2021 exibia 12,43%, de 12,52% no ajuste anterior.
O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, avalia que a alta de 0,86% do IPCA-15, ante 0,51% em abril e acima do teto das previsões (0,57% a 0,81%), pode "acender uma luz amarela no Copom". Mesmo assim, ele ainda aposta que o comitê só deverá cortar juro na reunião de abril.