Após anunciar os integrantes da equipe econômica, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, definirá ainda esta semana quem serão os presidentes dos bancos públicos. A prioridade é escolher o comandante da Caixa Econômica Federal, ainda sob a chefia da petista Míriam Belchior. No lugar dela, deve assumir Gilberto Occhi, do PP, e ex-ministro do governo Dilma Rousseff. Ele terá a missão de dar mais transparência à estatal. Há rumores de que ela precisará de uma capitalização do Tesouro Nacional diante do aumento das provisões para perdas e queda nos lucros.
Occhi é funcionário de carreira da Caixa desde 1980, onde ocupou os cargos de vice-presidente de Governo e de superintendente nacional da Região Nordeste. Indicado pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), ele recebeu o aval do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para ocupar o posto.
A escolha seguinte será a do presidente do Banco Brasil. O mais cotado para o cargo é Gustavo do Vale, servidor de carreira do Banco Central (BC) que, atualmente, preside a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Na autoridade monetária, foi diretor de Liquidações e Controle de Operações do Crédito Rural do Banco Central do Brasil, de maio de 2003 até fevereiro de 2011.
Apesar da carreira no BC, Vale não é um desconhecido no Banco do Brasil. Foi vice-presidente de Tecnologia e Infraestrutura e diretor de Tecnologia e Infraestrutura da instituição financeira entre abril de 2001 e janeiro de 2003. A recepção ao nome dele, no entanto, não foi das melhores pelo mercado. As ações do BB caíram 4,83% ontem.
A equipe de Temer ainda terá de definir quem comandará o Banco do Nordeste. Atualmente, a estatal é presidida por Marcos Costa Holanda, indicado pelo senador Eunício de Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado Federal. A tendência é que ele permaneça no posto para não desagradar ao parlamentar.
O governo também precisa definir quem presidirá o Banco da Amazônia, que é comandado por Marivaldo Gonçalves de Melo. Ele pode continuar no posto caso as bancadas da região na Câmara e no Senado não reivindiquem a prerrogativa de indicar um nome para o posto.
Tecnologia
Além dos bancos públicos, Meirelles ainda precisa definir quem presidirá o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), incorporada pela Fazenda com o fim do Ministério da Previdência Social. A tendência é que os dois presidentes sejam substituídos. Rodrigo Assumpção, chefe da empresa criada para atender o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é ligado ao PT de São Paulo e chegou ao posto pelas mãos do ex-ministro Carlos Eduardo Gabas.
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