A Fitch Ratings atribuiu o rating ;BB; à proposta de emissão de bônus globais, com vencimentos em 2021 e 2026, da Petrobras. As notas serão emitidas por meio de sua subsidiária integral, a Petrobras Global Finance (PGF), e serão garantidas incondicional e irrevogavelmente pela estatal. A agência de classificação de risco Moody;s atribuiu rating B3 à emissão.
Segundo a agência, os ratings da Petrobras continuam refletindo seu estreito vínculo com o rating soberano do Brasil, devido ao controle da companhia pelo governo federal e a sua importância estratégica para o País.
"O vínculo de crédito da Petrobras com o soberano é evidenciado pela manutenção dos preços do combustível no mercado doméstico acima dos patamares internacionais, bem como pelas linhas de crédito oferecidas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal no primeiro semestre de 2015, visando a reforçar a liquidez da empresa", diz a Fitch.
Para a agência, na ausência de suporte implícito e explícito do governo, os indicadores de crédito da Petrobras não seriam compatíveis com o rating atribuído à companhia. Em 31 de março, a petroleira reportou dívida financeira total de US$ 126,4 bilhões e alavancagem bruta de 6,1 vezes, pelos critérios da Fitch.
A geração de fluxo de caixa da Petrobras deverá continuar pressionada, devido à desvalorização do real e à queda dos preços do petróleo, mesmo com o recente aumento dos preços e a redução dos investimentos, avalia a Fitch. A expectativa é de que a companhia gere fluxo de caixa operacional (CFFO) suficiente para cobrir os investimentos e garanta seu acesso aos mercados de capitais, a fim de honrar os próximos vencimentos de dívida, por meio de refinanciamentos.