Afetados pela inflação, pelo desemprego e pela queda de renda, o brasileiro se vê mais uma vez em dificuldades para fechar as contas no fim do mês. E isso porque a maioria da população não tem o hábito de planejar gastos e poupar. Estimulados durante o período de boom econômico a consumir e não a investir, muitos brasileiros estão tendo que se esforçar para honrar compromissos.
Na opinião do professor de finanças do Insper, Ricardo Humberto Rocha, o brasileiro médio, em uma análise de perfil, pode ser considerado ;gastador; e, para a maioria, a crise econômica foi uma surpresa. São pessoas que não conseguem pensar a longo prazo e consomem por impulso. ;Não existe confiança no futuro. As pessoas não têm paciência para poupar, querem tudo agora;, destaca.
A estudante Juskelly Mendes da Silva, 23 anos, por exemplo, se considera uma consumidora descontrolada. Todos os meses, ela acaba gastando mais do que recebe. ;Eu sempre estou com o cartão de crédito, e aí vou comprando e comprando, quando vejo já não tenho o suficiente para pagar e tenho que pedir para minha mãe completar a fatura;, explica.
Para especialistas, no entanto, essa realidade precisa mudar e, para isso, o recomendável é tentar encarar a vida e as finanças de uma maneira diferente. Admitem que ter controle financeiro não é tarefa das mais fáceis, mas garantem que criar o hábito da poupança pode garantir uma vida financeira estável, livre de preocupações diárias e futuras.
Para economizar, é preciso disciplina, segundo o educador financeiro e idealizador do blog Quero ficar rico, Rafael Seabra. Ele sugere que, durante um mês, as pessoas anotem todos os gastos ; da compra de um lanche na rua à contas mais caras. ;Isso pode ser feito em um caderninho simples ou nas notas de celulares. Não adianta sofisticar muito esse processo, senão você desiste e não consegue registrar;, explica.
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