As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira, 28, diante do recuo de ações de companhias importantes do setor de tecnologia. O dia foi de volatilidade, mas os índices de Wall Street firmaram-se no vermelho com a fraqueza das companhias de tecnologia. Além disso, a decepção com a falta de ação do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e com o Produto Interno Bruto (PIB) fraco dos Estados Unidos contribuiu para a cautela.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,17%, em 17.830,76 pontos, o Nasdaq caiu 1,19%, para 4.805,29 pontos, enquanto o S 500 teve baixa de 0,92%, para 2.075,81 pontos.
O fato de que o BoJ frustrou alguns investidores e decidiu manter a política monetária no Japão afetou o humor neste dia. "É um grande choque", disse Mark Peden, gerente de investimentos da Kames Capital. Segundo Peden, havia a expectativa de que o banco central japonês lançasse novos estímulos e cortasse mais a taxa de juros. A bolsa de Tóquio caiu 3,6% hoje.
Além disso, a primeira leitura do PIB dos EUA mostrou que a economia do país cresceu 0,5% no primeiro trimestre, em valores anualizados, abaixo da previsão de alta de 0,7%. Na quinta-feira, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), manteve a taxa de juros e disse que a atividade econômica parecia ter perdido um pouco de fôlego, ainda que a preocupação com o quadro no exterior tenha diminuído.
Durante o pregão, os investidores tiveram como foco notícias corporativas. Facebook, por exemplo, subiu 7,20%, após a rede social divulgar um balanço que superou expectativas e interromper uma sequência de resultados desapontadores de empresas do setor de tecnologia.
Uma declaração do investidor Carl Icahn no meio da tarde, porém, pesou sobre os papéis do setor. Icahn disse em entrevista à rede CNBC que não possui mais nenhuma ação da Apple, mostrando-se preocupado com o quadro na China. Durante o quarto trimestre do ano passado, Icahn tinha quase US$ 5 bilhões de ações da companhia. A ação da Apple teve queda de 3,08% hoje.
A ação da Ford Motor, por outro lado, avançou 3,15%, após a montadora conseguir um salto em seu lucro no balanço do primeiro trimestre. ConocoPhillips caiu 0,91%, após a companhia do setor de energia registrar prejuízo em seu balanço, mas também informar que conseguiu cortar gastos.