As contas do governo central, que engloba Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, fecharam no vermelho em R$ 25,1 bilhões em fevereiro. É o pior resultado para o mês desde 1997, início da série histórica e representa um aumento nominal de 237,4% sobre o registrado no mesmo intervalo de 2015, quando o deficit foi de R$ 7,4 bilhões.
[SAIBAMAIS]Esse resultado reflete a continuidade do descompasso nas contas públicas, pois o governo gasta mais do que arrecada. A receita líquida despencou 13% em termos reais (corrigida pela inflação), para R$ 67,4 bilhões, em fevereiro. Já as despesas cresceram 8%, para R$ 92,5 bilhões. No mês passado, apenas os gastos do programa Minha Casa Minha Vida apresentaram redução. Encolheram 32% na comparação com fevereiro de 2015, para R$ 669,2 milhões.
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No acumulado no primeiro bimestre do ano, o rombo foi de R$ 10,3 bilhões. Também o pior da história para o período, conforme dados do Tesouro divulgados nesta terça-feira (29/03).
De janeiro a fevereiro, a receita líquida somou R$ 191,3 bilhões, registrando queda real de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2015. As despesas cresceram 5,7%, para R$ 201,6 bilhões na mesma base de comparação.
No vermelho
Todos os órgãos que integram o governo central tiveram deficit no mês passado. O rombo da Previdência em fevereiro foi de R$ 10,3 bilhões, menor do que o do Tesouro, que ficou em R$ 14,6 bilhões. O saldo negativo do BC foi de R$ 159,5 milhões.
Mas, no acumulado de janeiro a fevereiro, o Tesouro registrou um superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de R$ 8,6 bilhões. Enquanto isso, o rombo da Previdência somou R$ 18,7 bilhões no mesmo período. O deficit do Banco Central ficou em R$ 176,5 milhões.