Após as difíceis negociações com as categorias do Fisco, o Ministério do Planejamento se prepara para encarar os escrivães, papiloscopistas e agentes (EPAs) da Polícia Federal (PF). Embalados pela popularidade que a corporação recebe na Operação Lava-Jato, eles cobram do governo o cumprimento de promessas de reestruturação das carreiras e reajuste salarial de 83%, a título de reposição inflacionária desde 2007. Se atendida , a reivindicação teria impacto superior a R$ 1,8 bilhão nos cofres do Tesouro ; cerca de R$ 700 milhões somente no primeiro ano.
[SAIBAMAIS]O valor, no entanto, pode dobrar. Nele não está incluído o custo de uma possível equiparação com outras carreiras de Estado que, ao longo do tempo, receberam ;mais atenção; do governo. Luís Antônio Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), disse que a categoria considera inaceitável ver seus subsídios congelados ; até 2007, eram semelhantes ao dos auditores, analistas do Banco Central, da Abin e das agências reguladoras.
Atualmente, os auditores recebem entre R$ 15,7 mil a R$ 22,5 mil. Os EPAs, de R$ 8,5 mil a R$ 13,8 mil. Boudens destacou que a classe tem ;a compreensão da situação de crise do país;. Mesmo assim, advertiu que o governo terá que encontrar uma saída.