O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou nesta segunda-feira (21/3) em entrevista com a imprensa, que a empresa recuperou R$ 300 milhões desviados por corrupção e que a companhia trabalha para recuperar ainda mais dinheiro desviado.
Em meio ao prejuízo recorde da empresa em 2015, de R$ 34,836 bilhões, o executivo também disse que não haverá distribuição de dividendos. "Não haverá pagamento de participação em lucro", revelou.
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A respeito de investimentos, afirmou que provavelmente haverá uma pequena redução em 2016, mas que a companhia continua investindo pesadamente. "Não há número fechado de investimento de 2016", disse. O presidente da companhia também afirmou que a empresa vive "surpreendendo analistas".
Bendine afirmou também que a previsão de desinvestimentos da companhia para este ano, de US$ 14,4 bilhões, está mantida. De acordo com o executivo, as negociações estão em ritmo bastante intensos.
"Os ativos têm demonstrado procura forte, alguns estão já em fase final de negociação", afirmou Bendine, que destacou que a empresa busca não vender nenhum ativo que não seja pelo seu real valor.
O presidente da Petrobras afirmou ainda que a estatal tem capacidade de caixa para honrar os compromissos até o final de 2017 sem necessidade de captações. De acordo com Bendine, se houver janela de oportunidade para alongar prazo e reduzir custo, a empresa pode fazer, mas isso não está no radar agora.
Bendine disse ainda que vai levar os nomes da nova diretoria ao conselho de administração, na próxima reunião, dia 30. Com a extinção da diretoria de Gás e Energia, o futuro do executivo da área, Hugo Repsold, não está definido.
Bendine evitou dar opinião sobre o momento político da empresa. Ele disse que, independentemente do cenário atual, a diretoria da empresa continua "tocando a vida com foco no imaginado", referindo-se ao esforço em melhorar as condições operacionais e financeiras da companhia.
"O País tem um processo democrático bem estabelecido. Não cabe à empresa se preocupar com política", afirmou.