O governo não deu sinais concretos de que fará a reforma da Previdência Social para valer. Ontem, durante o Fórum de Previdência Social, apresentou uma lista com sete pontos para serem discutidos nos próximos 60 dias. Na abertura do encontro, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, avisou que o projeto ainda não está desenhado. ;Não há nenhuma proposta, a priori. O que há é um conjunto de visões sobre o que nós precisamos tratar com maturidade para alcançar um resultado positivo;, disse.
Berzoini chamou atenção para o desafio demográfico que o país vive, uma vez que a população está com uma expectativa de vida maior, culpou o cenário externo pela crise atual e disse que ;o cenário internacional exige do governo e da sociedade reavaliar um conjunto de situações e pensar em como projetar o futuro para um novo ciclo, em outros patamares e outras perspectivas econômicas;.
Entre as propostas em discussão estão idade de aposentadoria, unificação de regras para homens e mulheres e financiamento da Previdência. Segundo o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, os sete pontos trazidos para o Fórum pelo governo serão discutidos por uma equipe de técnicos do governo, empresários e trabalhadores, que organizarão as informações do sistema para todos os representantes da sociedade. E, apesar da urgência da reforma, anunciou que ela ocorrerá ;daqui a alguns anos;. ;Para nós, o diálogo não é perda de tempo;, afirmou.
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