Jornal Correio Braziliense

Economia

Aeronautas ameaçam parar por tempo indeterminado a partir do dia 12

A greve foi suspensa durante o carnaval, mas se não houver acordo até quinta-feira (11/02), haverá paralisação a partir de sexta por tempo indeterminado

Aeronautas e aeroviários que realizaram uma paralisação de duas horas na manhã desta quarta-feira (03/02) prometem iniciar uma greve, por tempo indeterminado, em todo o País a partir do dia 12, se não houver acordo com as empresas.

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"Decidimos suspender a greve durante o carnaval, mas, se não houver acordo até a quinta, 11, no dia da assembleia, paralisaremos a partir de sexta por tempo indeterminado", disse o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Rodrigo Spader.

De acordo com ele, as próximas paralisações devem acontecer sempre da mesma forma: das 6 horas às 8 horas, nos mesmos aeroportos.

A categoria também aguarda a realização de uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho, ainda sem data prevista.

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) afirmou que nos últimos dez anos os funcionários receberam reajustas acima da inflação. Destacou ainda que já foram feitas seis propostas desde o início das negociações e todas foram recusadas.

Na manhã desta quarta-feira, 3, pilotos de avião, comissários e agentes em terra fizeram uma paralisação parcial em 12 aeroportos brasileiros. A estimativa dos sindicalistas é de que ao menos 200 voos tenham sido paralisados no período. As empresas aéreas informaram que ações de contingência foram adotadas para minimizar o impacto na operação aérea e manter a normalidade do sistema.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), até o fim da paralisação, 70 voos foram cancelados e 103 atrasaram, de um total de 405. Congonhas foi o aeroporto mais afetado, onde, das 35 partidas previstas, 17 foram canceladas, além de 11 atrasos.

O reflexo dos atrasos seguia até as 11 horas, quando a Infraero registrou 102 voos atrasados no País, 10 deles em Congonhas.